Debate no Senado discute o papel de ciência, tecnologia e inovação na prevenção de desastres

O evento contou com a participação da reitora e do pró-reitor de pesquisa da UFRGS.

RENASAM

6/20/20253 min read

O Senado Federal realizou, nesta segunda-feira, dia 16 de junho, sessão de debates temáticos intitulada “Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação na Prevenção de Desastres e Enchentes no Rio Grande do Sul”. O evento contou com a participação de oradores pela UFRGS: a reitora Marcia Barbosa, o pró-reitor de pesquisa Flávio Kapczinski e os pesquisadores Lélio Brito e Carlos Eduardo Pereira (Escola de Engenharia). A proposta do evento foi promover um diálogo sobre estratégias de prevenção e mitigação de desastres naturais, com ênfase nas enchentes que impactaram profundamente o RS. A sessão foi promovida por meio de requerimento do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e também prestou homenagem às vítimas da tragédia ocorrida em 2024.

O senador Marcos Pontes, na presidência dos debates, ressaltou a atualidade das discussões: “É um tema de extrema importância para o País. Concentramos em relação à mitigação de desastres naturais no Rio Grande do Sul, mas é válido para qualquer lugar do Brasil”. Ele também rechaçou a desinformação que envolve a temática: “Temos as mudanças climáticas acontecendo. Aqueles que negam a existência das mudanças deveriam pensar um pouco mais e raciocinar com a lógica, pois é importante que tomemos providências”. Após a fala inicial, abriu a palavra às colocações dos participantes, com o propósito de apresentação de soluções baseadas em evidências científicas tendo em vista o fortalecimento da resiliência das infraestruturas, o aperfeiçoamento de sistemas de alerta e a proposição de políticas públicas eficazes de prevenção e de adaptação às mudanças climáticas.

Oradores vinculados à UFRGS
Marcia Barbosa
enfatizou a ciência disruptiva que a Universidade tem buscado fazer no atendimento às demandas da sociedade, mas reforçou que a ciência não pode ser buscada apenas depois de uma tragédia ou de uma catástrofe. Para ela, a Universidade deve participar ativamente na construção do futuro: “É na Universidade que vamos construir as respostas”. Também destacou a resiliência como fundamental nesse enfrentamento das mudanças climáticas. E, ainda, cobrou a necessidade de criação de um centro de resiliência sustentável na UFRGS, a partir de financiamento para a condução de pesquisas interdisciplinares.

O pró-reitor de pesquisa Flávio Kapczinski apresentou a investigação que conduz sobre o impacto das enchentes na saúde mental da população do Rio Grande do Sul. Ele salientou a importância da necessidade de dar mais atenção ao tema diante da ampliação cada vez mais significativa de eventos climáticos extremos.

Carlos Eduardo Pereira, professor do Departamento de Automação e Controle da UFRGS, expôs como a agricultura digital pode auxiliar no uso da tecnologia para a otimização de processos na área. Em sua conferência, o docente Lélio Brito, do Laboratório de Pavimentação (Lapav/UFRGS), fez referência aos diversos problemas pelos quais o estado passou em maio de 2024 na área de infraestrutura e apresentou aspectos da engenharia resiliente: “Cidades inteligentes e resilientes não são mais desafios do futuro – são necessidades urgentes do presente e demandam ação imediata para garantir a convivência sustentável com o meio ambiente”, ressaltou.

Além dos participantes da UFRGS, também foram oradores: Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); Marcelo Enrique Seluchi, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Laércio Massaro Namikaua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Osvaldo Moraes, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); e Wolnei Wolff Barreiros, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil.

O vídeo da sessão temática está disponível no Canal da TV Senado no YouTube:

Fonte: UFRGS

Fotos: Carlos Moura/Agência Senado