#16: Transtorno borderline é o mais comum dentre os vários transtornos de personalidade

O transtorno borderline é o tema do podcast Minuto Saúde Mental desta semana. Segundo professor João Paulo Machado de Sousa, esse é o transtorno mais comum dentre os vários transtornos de personalidade listados nas classificações diagnósticas atuais da psiquiatria.

Escute o podcast completo aqui: https://tinyurl.com/podcast16-sm

Os transtornos de personalidade são padrões de pensamento ou comportamento que diferem de maneira perceptível do jeito que a maioria das pessoas pensa ou se comporta e que perduram ao longo do tempo. No caso do transtorno borderline, especificamente, a pessoa costuma apresentar muitos comportamentos impulsivos e grande instabilidade emocional. “O transtorno de personalidade borderline, diz o professor, pode ser o responsável pelas mudanças súbitas de humor que muita gente confunde com o transtorno bipolar, do qual já falamos aqui no Minuto Saúde Mental.”

A pessoa que sofre de transtorno borderline costuma sentir as emoções, sejam elas positivas ou negativas, de maneira muito intensa. O comportamento impulsivo é um traço importante desse transtorno, a pessoa pode expor-se facilmente a situações de risco, como o uso de álcool e drogas em níveis preocupantes, direção perigosa e agressão contra si ou outras pessoas.

As pessoas que sofrem de transtorno de personalidade borderline tendem a se envolver em romances ou amizades de forma muito intensa e rápida, com frequência apresentando comportamentos controladores ou de ciúme doentio, que acaba por afastar os outros. Embora possa ser difícil, é muito importante tentar fazer com que a pessoa identifique esses comportamentos e possa buscar terapia – principal modalidade de tratamento indicada nesses casos – e o que mais for necessário para melhorar sua qualidade de vida.

Minuto Saúde Mental
Apresentação: João Paulo Machado de Sousa
Produção: João Paulo Machado de Sousa e Jaime Hallak
Coprodução e edição: Rádio USP Ribeirão
Coordenação: Rosemeire Talamone
Apoio: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Translacional, iniciativa CNPq e Fapesp